Lentamente me destruíste como as drogas que gostas de consumir. Lentamente fui descobrindo o que eras. Lentamente me viciei. Lentamente.
Dou por mim num beco sem saída e não sei para onde me virar. Dei tudo de mim. Dei tudo por ti.
Não sei o que escrever. A minha mente está em branco. Ou pelo contrário, gostava que estivesse. Os meus pensamentos percorrem a auto-estrada do interior da minha mente a 200 km/h. Excesso de velocidade.
Um dia vou deixar-te ler todos os meus textos, e um dia talvez percebas o porquê de nunca o ter feito. Apesar de tudo ainda me imagino contigo no futuro, nem que seja só por uma noite, ou por uma vida inteira, quiçá. Mas imagino-nos deitados, tu com bem mais pelos no peito, mas prometo que vou adorá-los e encostar-me a ti enquanto os acaricio. E vamos estar a ver os meus trabalhos e tu vais sentir um orgulho gigante em mim. Não percebo o porquê desta minha insistência em nós. Analiso a situação, proponho hipóteses. Apego-me facilmente? Tenho dificuldade em estar sozinha? Amo-te demasiado? Como posso eu questionar-me se te amo em demasia quando nem sequer certezas tenho de se sei o que é o amor?! Criei uma ligação forte, é isso. Quando penso em nós penso em momentos genuínos, nunca partilhados com ninguém. Penso em tardes passadas a rir na companhia das drogas e de um do outro e de mais ninguém. Penso em noites de sexo, ou noites de amor, como lhes quiseres chamar. Penso em momentos de silêncio em que as conversas não são necessárias e o silêncio não se torna constrangedor. Noites a sós mas juntos. Porque tu és eu, e eu sou tu. E nem esta distância me faria desistir de nós. E nem mesmo todos os problemas do mundo. E nem tudo, e nem nada.
Lentamente te consumo. Lentamente me destruo. E se contigo eu sou tudo, então hoje eu sou nada. Nada mais.
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