segunda-feira, 27 de abril de 2015

A carta que nunca te escrevi

Podia-te descrever como uma viagem psicadélica por mundos desconhecidos e fantásticos. És uma mistura de sensações da cabeça aos pés, um modo de estar. És um sentimento de regresso a casa após uma longa viagem. és um estado de espírito que me acompanha diariamente. A sensação de não existir nada nem ninguém no mundo que me faça descer das nuvens. Apenas tu. Nirvana. 
Eu vivo num espaço diferente do teu, eu vejo as coisas tão diferentes do que tu vês, e por vezes nem falamos a mesma língua. Não te nego que me entendes, que tens a força de me guiar para além do horizonte e fazer-me viajar até sítios que nunca pensei existirem. Sítios que nunca imaginei, e agora sim eu consigo imaginá-los, consigo vê-los, consigo senti-los.
O teu sorriso tem a força de sete sois, é capaz de iluminar a noite mais escura. Não te conseguiria descrever numa palavra, nem nunca seria capaz de expor em palavras a maneira como nos completamos. Questiono-me "Como cheguei a este ponto? Como me deixei cair na tentação do proíbido?". Somos um rio que incontrolavelmente corremos para o mar que nos espera. A viagem, tentamos aproveitá-la da melhor forma possível, cada momento, cada gesto, cada beijo. E tu nem sabes o bom que é beijar-te. E infelizmente nunca saberás. Que ser miserável, que triste vida que irás sempre ter sem nunca puder vir a ser completado com a suavidade do teu beijo ou o brilho do teu mais sincero olhar.
Não te peço a eternidade, peço-te o inesquecível. 



(2014)

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